Autor: Júlio de Oliveira Sanches, pr.
Todas as vezes que nos unimos a outros grupos, mesmo para as denominadas Cruzadas Evangelísticas, enfraquecemos a Igreja, os seus membros e a Denominação. O crente comum nem sempre consegue proceder a uma separação entre cooperação e doutrina. Levado a compartilhar do trabalho, ele conclui que pode e deve compartilhar da Doutrina também. Quando é possível caminhar juntos, também é possível compartilhar da mesma mesa e da mesma doutrina. Por que não podemos partilhar o mesmo pão, se no momento de semear o Evangelho o fazemos de comum acordo? A pergunta do membro da Igreja é mais do que coerente. Embora os resultados de todo esse unionismo se revelem altamente enfraquecedor da nossa Causa.
O Unionismo está enfraquecendo o ardor Evangelístico e Doutrinário do nosso povo. Há que se haver uma razão muito séria para justificar a existência. Só a partir de tal convicção é possível morrer por uma causa. Ninguém dá a vida por algo que não tem valor.
A apatia espiritual de muitos salvos, Igrejas e Instituições, explica-se na falta de idealismo, de um motivo que justifique a existência. Quando alguém crê que todos serão salvos independente de ouvir ou não o Evangelho, não encontra inspiração para pregar a Palavra de Deus. Ao crer que é possível perder a Salvação, descobrindo que nunca conseguimos manter uma existência sem falhas, conclui-se que o melhor proceder está no desistir. Quando admito que tudo é igual, não encontro motivos inspiradores para conquistar uma espécie diferente e pura.