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Data referência 16/11/2025

Batistas, o povo do

Autor: Ailton Sudário, pr.

    “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça.” (I Tm 3.16).

    Nós, batistas, éramos identificados no Brasil, mais do que qualquer outro grupo, como o povo do livro. Tanto que nos chamavam de “bíblias” ao nos verem passando para os cultos ou nos dirigindo para visitas ou evangelização. Dávamo-nos por satisfeitos com esta realidade (embora também tenhamos sido perseguidos e discriminados por isso) e afirmávamos às vezes um tanto orgulhosamente que o livro, a Bíblia, era a nossa única regra de fé e prática, diferentemente daqueles que viam na tradição, na autoridade humana ou na ocorrência do sobrenatural a razão de suas crenças e vidas cristãs.
    O tempo passou e já não somos mais os “bíblias”. Talvez num exame mais aproximado, aqueles que assim nos denominavam, nos chamassem hoje de “povo dos eventos” por causa do valor que temos dado em nossos cultos à realização de atividades tanto da Igreja local quanto da denominação. Há cultos em que o momento destinado aos avisos ou às comunicações é maior que o reservado ao sermão.
    Já não somos mais os “bíblias”. Talvez pudéssemos ser o povo dos cânticos. Deixamo-nos levar pela variedade e pela abundante produção da chamada música gospel que se por um lado, nos fez o bem de tornar-nos cantores mais contextualizados com o nosso cotidiano, por outro, trouxe-nos o louvor baseado na subjetividade das emoções e sem preocupação com a correção teológica, didática e até gramatical. Além disso, muitas vezes a “apresentação” desses cânticos ocupa tempo maior do que o da reflexão bíblica.
    Não somos mais os “bíblias”. Talvez até sejamos o povo dos “chavões” que bíblicos ou não, invadem nossos púlpitos e o vocabulário dos crentes. Talvez sejamos o que “tomam posse”, os que “determinam”, os que “declaram”, os que “rompem em fé”, os que exigem “de volta o que é meu”, os que afirmam “há poder em suas palavras”. Talvez sejamos tudo isso, mas os “bíblias” não somos mais.
    Não será esta uma hora propícia para pensarmos que podemos voltar a ser? “Outra carga não jogarei sobre vós; tão-somente conservai o que tendes, até que eu venha.” (Ap 2.24,25).

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Cultos

- EBD 09:00:00 (Apenas presencialmente)
Domingos pela manhã 10:00:00 (Streaming ao vivo)
Domingos à noite 19:30:00 (Streaming ao vivo)
Terças e Quintas 20:00:00 (Transmissão online)

Nascida da fé, marcha na fé, pregando que "o justo viverá pela fé."


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