A Graça e eu

      Há um mito florescente na igreja de hoje que tem causado dano incalculável - a noção de que, uma vez convertido, convertido por inteiro. Em outras palavras, uma vez que aceito Jesus Cristo como meu Senhor e Salvador, segue-se um futuro inevitável e livre de pecado. O discipulado será uma história imaculada de sucesso; a vida será uma espiral nunca interrompida de ascensão rumo à santidade.

 Brennan Manning - O Evangelho Maltrapilho - pág. 30.

      Infelizmente, isto tem sido notório dentro de nossas igrejas. Temos assistido até mesmo àqueles que dizem confiar inteiramente na graça, agirem em relação a outros como se tivessem adquirido a sua salvação por méritos próprios, execrando os que, aparentemente, são mais fracos e mais pecadores que eles. Por outro lado, o pecado está a rodear a estes que assim pensam bem de perto, exatamente porque se esquecem que se não fosse a incomparável graça de Deus e todos nós não passaríamos de pecadores irremediavelmente perdidos e sem esperança. E a graça de Deus consiste em dependência total e absoluta de Deus, quer para a salvação, quer para qualquer outro aspecto de nossas vidas. Não vem de nós, mas é dom (dádiva / presente) de Deus.

       Creio que por falta deste entendimento é que muitos crentes tem demonstrado muito pouca gratidão para com Deus, porque pensam que o que são é na verdade o resultado de seu próprio esforço e não do favor que recebemos de Deus sem qualquer merecimento (a graça).